2013/10/31

TAFUA - A Nova Tuna da Universidade dos Açores!


A Universidade dos Açores tem uma nova tuna! Venham conhecer a TAFUA - Tuna Académica Feminina UAç no sábado, dia 2 de Novembro, às 18:00, no refeitório do Campus de Angra do Heroísmo!

2013/10/30

Nuno Martins edita livro em Cambridge


Nuno Ornelas Martins, professor auxiliar com agregação no Departamento de Economia e Gestão, da Universidade dos Açores, 34 anos, acaba de lançar um livro intitulado “The Cambridge Revival of Political Economy”, editado pela Routledge, e que será apresentado na Universidade de Cambridge a 2 de Dezembro.


Qual o objectivo do livro? Qual a sua principal reflexão?
O livro aborda a escola de Cambridge de Economia, mais em particular os autores dessa escola que procuraram recuperar o pensamento económico clássico. A grande diferença entre pensamento clássico e o pensamento actual resulta do facto de na teoria clássica a economia ser estudada como o processo de produção e distribuição do excedente, enquanto na teoria actual a economia é estudada em termos da optimização de recursos escassos. Na teoria clássica o conceito fundamental é o excedente, na teoria actual o conceito fundamental é o seu oposto, a escassez.

Na teoria actual, assume-se que o agente económico procura maximizar a sua utilidade (definida por uma função matemática), sendo os recursos por definição escassos dado que as preferências dos consumidores são infinitas. Assume-se também que as remunerações dos factores se dão de acordo com a sua escassez, medida em termos marginais. Portanto salários e juros (ou lucros) são determinados de acordo com a escassez relativa de trabalho e capital.

Na teoria clássica, o comportamento económico não era descrito em termos matemáticos e exactos como uma maximização da utilidade, mas antes em termos de normas institucionais e hábitos, que levam a um dado consumo habitual por parte daqueles que contribuem para a reprodução do processo produtivo. Na concepção clássica, os salários devem ser suficientes para garantir esse consumo habitual, mantendo a procura efectiva. A parte da produção que não é necessária para assegurar esse consumo habitual era vista como um excedente, que originava as rendas e lucros (ou juros). Para os clássicos, a economia floresce quando esse excedente é usado em actividades produtivas, e entra em crise quando esse excedente é usado em especulação e luxo excessivo.


Numa altura em que grande parte dos países europeus vivem problemas económicos, baseados essencialmente numa perspetiva de que há “escassez” de recursos, a visão que recupera da “teoria do excedente” poderia ajudar a encontrar melhores caminhos para ultrapassar a crise?

Sim. Na perspectiva da teoria económica actual, baseada no conceito de escassez, a conclusão é que os juros deverão ser elevados, porque há escassez de capital, e os salários deverão descer, porque há escassez de emprego (isto é, desemprego).

Na perspectiva clássica, por outro lado, os salários deverão ser suficientes para garantir o consumo habitual que assegura a procura efectiva, portanto não deverão descer em tempo de crise. Para cada empresa individual, poderia compensar baixar os salários mas apenas se as outras empresas não fizessem o mesmo. Mas se todas as empresas e o Estado baixam os salários, há uma quebra global da procura e todos perdem, como explicava Joan Robinson, umas das autoras da escola de Cambridge abordada no livro. Até porque as exportações não são suficientes para assegurar a procura quando as políticas de contracção da procura são seguidas a nível internacional. Portanto as reduções de salário não são solução, devido aos seus efeitos macroeconómicos, que consistem na redução da procura.

A teoria actual é construída pressupondo uma economia de pleno emprego, em que há escassez de recursos que estariam supostamente a ser plenamente utilizados, e casos de crise e desemprego são considerados excepções. No entanto, a situação actual é uma situação de crise e desemprego estrutural, não um desequilíbrio momentâneo, e a teoria clássica explica muito melhor a situação actual do que a teoria económica actual, pois a teoria clássica não pressupõe escassez num contexto de pleno emprego que na realidade não existe.
Além disso, como na teoria clássica o juro resulta do excedente, não é possível manter juros altos quando esse excedente tem de ser reduzido em tempo de crise, e portanto a economia não pode suportar esses juros elevados, sendo necessária (e aliás perfeitamente possível) uma actuação dos bancos centrais e regulação financeira que permita uma redução dos juros. Pode-se perguntar: mas porquê reduzir o excedente em vez de reduzir os salários? A resposta é: porque os salários são rendimento que reentra na economia sob a forma de consumo, enquanto o excedente tende a não ser reinvestido na economia em tempo de crise, e é rendimento que se perde num contexto de crise.

Aliás, o juro é considerado uma remuneração do risco incorrido por quem empresta capital, enquanto o salário é uma remuneração do trabalho. Logo, no momento em que os riscos se concretizam, deveriam ser assumidos por quem supostamente estava a correr riscos e a ser remunerado por isso com juros, não por quem continua a fazer o mesmo trabalho, e portanto deveria continuar a receber o mesmo salário. Senão, gera-se o incentivo para voltar a haver financiamento de contractos ruinosos para o Estado com agentes privados, na crença de que o contribuinte estará sempre cá para cobrir os riscos com o seu salário, ou com o dinheiro da sua educação, saúde e segurança social (que serve para manter juros, lucros e rendas, isto é, a apropriação do excedente, mesmo em circunstâncias de crise em que essa apropriação do excedente não tem justificação).

O conceito de excedente ajuda também a perceber como as políticas europeias têm beneficiado alguns países, que acumulam excedentes comerciais, e levando outros a défices comerciais (ou a ter de reduzir o consumo para reduzir as importações).

Qualquer observador do mundo contemporâneo percebe que este é um mundo em que há abundância e excedentes, e não escassez. Portanto, o problema central é o modo como os recursos estão distribuídos, o modo como o excedente é distribuído e utilizado. Mesmo nos países mais pobres, os casos de fome surgem não pela escassez de alimentos, mas pela má distribuição dos alimentos e recursos, como o Professor Amartya Sen (um autor que tenta também recuperar a teoria clássica) demonstrou num livro publicado em 1981.

Na teoria clássica, não há leis matemáticas exactas que determinam a distribuição num contexto de escassez inevitável, como na teoria actual. Na teoria clássica, a distribuição é uma questão institucional e política, que está aberta a várias soluções.

Em suma, o problema que enfrentamos não é a inevitabilidade da escassez, mas a má distribuição do excedente, que tem sido agravada pelas políticas seguidas. Enquanto a teoria económica continuar a ser construída em torno da noção de escassez, e não em torno da noção de excedente, será muito mais difícil perceber estes factos.


Investigar e reflectir sobre o mundo a partir duma ilha no meio do Atlântico é uma inspiração adicional?
Sim, não há sítio melhor para acabar a escrita de um livro.


Que conselhos daria aos jovens estudantes sobre os desafios da investigação?
Que estejam preparados para usarem o que aprendem sempre como um ponto de partida para descobrirem novas ideias, e não como um ponto de chegada. É mais fácil fazer uma carreira baseada na aceitação acrítica do que aprendemos, mas sem pensamento crítico não há verdadeira investigação.


2013/10/29

"As dinâmicas nas (re)configurações da cultura organizacional. A casa de Infância de Santo António (1858-2008)" - a tese de doutoramento de Sandro Serpa


Sandro Nuno Ferreira de Serpa, nasceu a 24 de julho de 1974, sendo professor auxiliar desde 11 de Julho de 2013, no Departamento de Ciências da Educação da Universidade dos Açores, onde iniciou o seu percurso académico, como assistente estagiário, em Setembro de 2000.
Leciona várias cadeiras em diversos cursos ligadas à formação e prática profissional de educadores e professores, à teoria das organizações, à sociologia da educação e à investigação, entre outras.

No passado dia 11 de Julho, realizou o seu Doutoramento no ramo de Educação, especialidade de Sociologia da Educação, com a prestação de provas de discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada As dinâmicas nas (re)configurações da cultura organizacional. A casa de Infância de Santo António (1858-2008), na Universidade dos Açores, sob a orientação do Professor Doutor Jorge Manuel Ávila de Lima, com um júri presidido pela Senhora Vice-Reitora, Prof.ª Doutora Rosa Goulart, por designação do Magnífico Reitor, sendo vogais o Doutor José Manuel Vieira Soares de Resende, Professor Associado com agregação da Faculdade de Ciências e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o Doutor Jorge Adelino Rodrigues da Costa, Professor Catedrático da Universidade de Aveiro, o Doutor Fernando Ilídio Silva Ferreira, Professor Associado do Instituto de Educação da Universidade do Minho, o Doutor Jorge Manuel Ávila de Lima, Professor Associado com agregação da Universidade dos Açores, a Doutora Ana Cristina Pires Palos, Professora Auxiliar da Universidade dos Açores, a Doutora Ana Isabel dos Santos Matias Diogo, Professora Auxiliar da Universidade dos Açores e o Doutor Adolfo Fernando da Fonte Fialho, Professor Auxiliar da Universidade dos Açores. 

Como se envolveu na investigação científica?

A investigação científica, além de ser uma necessidade na carreira académica é uma forma desejavelmente rigorosa e controlada de compreender a realidade que nos rodeia. Este controlo, quer a nível do processo de realização, quer, também, a nível do produto final (escrita) sempre me entusiasmou e cativou apesar de reconhecer que apresenta dificuldades que devem despertar o nosso espírito crítico e fazedor.
Foi com esse espírito que realizei o presente doutoramento na procura de apresentar uma contribuição para o conhecimento sobre os processos de formação e de transformação da cultura, enquanto genericamente formas de ser, de pensar e de agir, mais ou menos partilhadas por um conjunto de pessoas de uma organização enquanto unidade coletiva coordenada (no caso em apreço do tipo educativo).   

 Como surgiu o tema da sua tese de doutoramento?

Antes do mais, devo agradecer a possibilidade que me foi dada de estudar a Casa de Infância de Santo António. Em primeiro ligar procurei compreender a longa duração da organização Casa de Infância de Santo António (fundada em 1858 enquanto Asilo da Infância Desvalida). Em segundo lugar, resolvi enveredar por uma temática que articulasse questões educativas com perspetivas organizacionais, tendo uma certa afinidade emocional com a organização, por tê-la frequentado e por ter tido um familiar que fez parte de algumas das suas Direções. Em terceiro lugar, e não menos importante, ao analisar os olhares científicos centrados na cultura organizacional verifiquei que muitos apresentavam um caráter unidimensional, redutor e simplista ao focar a sua formação e transformação.
      
A sua tese chega a algumas conclusões bastante interessantes. Como vê a sua aplicação?

Na tese, através de uma análise diacrónica que abrange 150 anos, procuro demonstrar que existe uma multiplicidade de fatores que ajudam a entender a cultura de uma organização. Verifica-se que a cultura desta organização sofreu reconfigurações, por vezes de uma forma não linear, para as quais concorreram, ao longo do tempo, quer os contactos estabelecidos com o exterior (na procura de recursos, na tentativa de legitimação das finalidades e atividades aí desenvolvidas e, também, nas influências exercidas nos membros da organização, tudo isto em diferentes contextos sociais), quer, ainda, os contactos acontecidos na organização entre os atores individuais e coletivos.
No final do percurso investigativo, compreende-se que as transformações dos contextos, quer internos, quer externos à organização que foram acontecendo se enquadram numa dimensão espaço-temporal socio-histórica. Deparámo-nos com realidades complexas, cuja singularidade idiossincrática tem de ser considerada e verificada empiricamente e que advém da coexistência, com fronteiras fluidas entre si, de cultura, culturas, subculturas, contraculturas presentes na organização, com variações ao longo do tempo.
Por tudo isto, é percetível a possibilidade de aplicação destes resultados noutras organizações desde que se considere que a cultura organizacional, mais do que um estado, é um processo consubstanciado num equilíbrio híbrido e precário de coordenação coletiva, resultante do conjunto de relacionamentos individuais e de relações coletivas, internas e externas à organização, com maior ou menor intencionalidade, e, em consequência, em permanente redefinição e reconstrução.
A compreensão (a relativa e a possível) desta complexidade é que nos permitirá fugir àquilo a que um grande sociólogo clássico Max Weber refere: ”o curso das coisas torna-se natural quando não nos interrogamos sobre o seu sentido”. Ora, nenhuma organização é uma reificação, mas antes é socialmente construída, pelo que implica considerá-las enquanto processo coletivo social de coordenação, que não é automaticamente dirigido, nem previamente determinado, nem neutro ou natural, mas sim inserido num certo contexto social. Daqui resulta a necessidade de superar, quer a reificação da organização enquanto objeto natural e inevitável, fatalista, quer resultante de um procedimento (pré)determinado, quer, ainda, a sua antropomorfização, que teria desígnios e propósitos próprios extrínsecos à ação humana.
Assim, resulta que, ao investigarmos as reconfigurações da cultura organizacional, temos de considerar, sempre, que se trata de um processo social desenvolvido por atores individuais e coletivos, que reproduz, mas também produz, soluções de integração interna e de adaptação externa. A necessidade de conhecer mais e melhor acerca da temática em causa revela-se imprescindível para procurar ter algum domínio no caminho a prosseguir de uma forma consciente.
Vai continuar na investigação? Qual o próximo passo?

Após este trabalho de longo fôlego, penso continuar a investir na relação entre a cultura organizacional e a ideologia organizacional enquanto fator de legitimação das posições assumidas pelos seus dirigentes. Para esse efeito, procurarei realizar uma comparação diacrónica e sincrónica entre organizações de diversos tipos (educativas e empresariais, por exemplo). Isto sem esquecer outras áreas de interesse primordial de investigação tais como as dinâmicas dos processos de formação e de reconfiguração da cultura organizacional em organizações educativas ou, ainda, os processos de construção da identidade pessoal, social, educativa, profissional, organizacional e cultural.

2013/10/28

Noite das Bruxas no Centro de Ciência de Angra do Heroísmo




O Centro de Ciência de Angra do Heroísmo apresenta a NOITE DAS BRUXAS.

O serão promete atividades assustadoramente divertidas, muitas doçuras e travessuras, cinema e uma noite bem dormida na nossa companhia.

As inscrições já se encontram abertas a crianças com idade entre os 7 e os 12 anos.

A atividade terá inicio às 21h00 do dia 2 de novembro e terminará às 9h00 do dia 3 de novembro.


Centro de Ciência de Angra do Heroísmo
Observatório do Ambiente dos Açores
Estrada Gaspar Corte-Real; 9700-030 - Angra do Heroísmo
Telefone: 295 217 845 | 295 218 462
http://ccah-oaa.blogspot.com
www.centrocienciaah.com
http://oaa.centrosciencia.azores.gov.pt
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2013/10/26

Um mestrado de sucesso



Tomaz Dentinho é professor auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, Campus de Angra do Heroísmo, na área da economia, e está ligado à instituição desde 1986. É o coordenador do Grupo para o Desenvolvimento Regional Sustentável, do Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza, e do Doutoramento em Gestão Interdisciplinar da Paisagem. Foi vice-presidente do Instituto de Conservação da Natureza (1996-1998) e director do jornal diário "A União" (2001-2007). Para além do ensino, tem desenvolvido investigação na área da Ciência Regional, Economia do Ambiente e e Economia Agrária.

A 15ª Edição do Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza irá começar ainda neste ano lectivo (2013/2015). Como nasceu este mestrado? Quais os seus objectivos? Qual é o segredo para a sua longevidade?

O Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza surgiu no seguimento da passagem de alguns académicos por cargos dirigentes do Instituto da Conservação da Natureza. Pensámos nessa altura e pensamos agora que a abordagem à gestão e conservação da natureza provoca grandes falhas de política quando é perspectivada apenas do ponto de vista de uma disciplina, seja ela a ecologia, a geografia, a economia ou a engenharia. Por isso criámos um mestrado interdisciplinar para gestão do território, curiosamente antes de terem aparecido iniciativas semelhantes por todo o mundo. Como de costume tivemos uma reacção negativa das pessoas mais retrógradas do campus e da universidade mas, depois de muito debate e de ter sido aprovado pela Universidade do Algarve também foi aprovado pela Universidade dos Açores


Ao longo destas edições têm formado muitos alunos, de diversas áreas do conhecimento e de diversas regiões do país e de outros países também. Como vê o impacto da formação destes alunos na sociedade?

Desde 2000, tivemos quase 20 edições nos vários cantos do país (Algarve, Tomar, Castelo Branco, Bragança) e dos Açores (Terceira, São Miguel e Pico), com alunos de Portugal, Espanha, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné, Brasil e Timor, e cerca de 250 teses de mestrado. Os alunos são economista, biólogos, agrónomos, engenheiros do ambiente, juristas, geógrafos, arquitectos, paisagistas, etc. Este ano temos 11 alunos, 2 dos Açores e 9 de Itália, Espanha, Angola, Moçambique, Timor e Brasil, num formato que penso que terá sucesso no futuro pois tem uma parte escolar com tutoriais à distância e uma parte intensiva de nove semanas presencial. Por outro lado temo-nos mantido competitivos face a outras ofertas não só porque o corpo docente envolvido tem mais formação mas também porque temos inovado na forma de leccionação. Neste momento uma parte considerável dos alunos que passaram pelo mestrado tem um peso relevante na administração pública, na investigação e nas empresas e creio que estão a fazer bom trabalho não só porque desenvolveram mais a vontade de aprender mas também a enorme responsabilidade que tem em mobilizar todo o saber e saber fazer para promover o desenvolvimento sustentável das pessoas e dos sítios.


Além do Mestrado, tem estado, mais recentemente, a dirigir o Doutoramento em Gestão Interdisciplinar da Paisagem. Pode falar-nos um pouco desse projecto?

Fui desafiado pelo Prof. José Manuel Lima Santos do Instituto Superior de Agronomia e pela Prof. Teresa Pinto Correia da Universidade de Évora a criarmos um doutoramento conjunto em Paisagem, Biodiversidade e Sociedade que, com a acreditação, mudou o nome para Gestão Interdisciplinar da Paisagem. Começámos há quatro anos e teremos para o ano os primeiros doutorados do doutoramento embora, como nossos orientandos, já temos alguns doutorados criados no mesmo espírito. Os sonhos são muitos: desde logo usar metodologias interdisciplinares ao território juntando perspectivas que carregam esse desígnio como a economia do ambiente, a ecologia da paisagem e a ciência regional; depois criar um doutoramento reconhecido pela FCT; finalmente criar um doutoramento europeu. As primeiras teses vêm aí e é esse o primeiro produto que podemos oferecer.


Um comentário sobre a interdisciplinaridade...
Acho que a interdisciplinaridade é uma das linhas estratégicas onde a Universidade dos Açores pode ser competitiva a nível mundial. Primeiro porque, como disse Bento XVI recentemente, a interdisciplinaridade é uma necessidade na busca da verdade. Segundo porque a pequenez das ilhas dos Açores facilita a compreensão interdisciplinar dos fenómenos e exige intervenções informadas de forma interdisciplinar. Terceiro porque e não temos escala em cada disciplinar para sermos os melhores nessa disciplina mas temos escala para sermos inovadores nas abordagens interdisciplinares. Temos bons sinais: os que vamos dando em congressos e papers; os que são testemunhados pelos que interagem com os nossos formandos; e os que nos prestações de serviços de e para todo o mundo. Pena é que não nos deixem fazer um mestrado em ciência regional e um doutoramento em desenvolvimento regional sustentável, com pequenas mudanças dos cursos que agora oferecemos. Porque isso nos permitiria almejar um reconhecimento a nível internacional pela Regional Science cuja sede de 4000 cientistas em todo o mundo é na Rua Capitão João de Ávila em Angra do Heroísmo. Neste caso temos o conteúdo mas não nos deixam criar a forma que o mostre melhor.

2013/10/25

Protocolo de colaboração com a Universidade Federal de Juiz de Fora


O Prof. Doutor Vicente Paulo dos Santos Pinto, da Universidade Federal de Juiz de Fora, é doutor em Geografia (Universidade Federal do Rio de Janeiro), sendo a sua área de actuação a educação ambiental e desenvolvimento sócio-espacial, bem como a educação e ensino de Geografia. Actualmente debruça-se sobre a "A organização da pecuária leiteira de Juiz de Fora, entre o campo e a cidade: saberes ambientais de produtores rurais."


Prof. Vicente Pinto, esteve recentemente na Universidade dos Açores para estabelecer um protocolo entre esta e a sua instituição, a Universidade Federal de Juiz de Fora. Qual é o objectivo deste protocolo?

O protocolo tem por objetivo estabelecer uma via institucional para que haja um intercâmbio efetivo entre o que se produz aqui na UAç e o que se produz lá na UFJF, além de viabilizar realizações em conjunto. Ou seja, com este protocolo pretendemos incentivar a mobilidade de alunos e professores, tanto no âmbito da Pós-Graduação, quanto da graduação. Também desejamos que os grupos de pesquisa dos Açores possam receber colaboradores brasileiros e vice-versa.


Há uma diferença considerável de tamanho entre estas duas instituições, além de que se inserem em realidades muito diversas. Como é que vê a sua aproximação e intercâmbio? Quais são as vantagens e desvantagens mais evidentes para ambas?

Há diferenças de escalas e especificidades em cada uma das distintas realidades e instituições. Porém, temos aspectos culturais comuns, para além da língua portuguesa. Questões relacionadas ao desenvolvimento local, à educação ambiental e às ruralidades podem ser compartilhadas. Sem falar que há desafios globais relacionados à manutenção da sociobiodiversidade, cujo enfrentamento exige de nós uma agenda transnacional baseada na parceria e solidariedade entre os povos.


Já há algum projecto em concreto que este protocolo irá viabilizar? Que colaborações futuras perspectiva?

Nesta vinda aos Açores, estivemos reunidos com o Pró-Reitor David Horta Lopes para apresentarmos um esboço de convênio a ser construído, a fim de viabilizar a colaboração entre as duas Universidades. Em novembro deste ano estaremos recebendo a Professora Ana Moura Arroz como Pesquisadora convidada a colaborar conosco em dois Programas de Pós-Graduação: Educação e Geografia. Com isso pretendemos articular nossos Grupos de Pesquisa e produzir trabalhos em comum.

2013/10/24

Nós e os Livros: Álvaro Monjardino apresenta 'Os Descobridores' de Daniel Boorstin


Na próxima sexta-feira, dia 25 de Outubro, o Dr. Álvaro Monjardino irá apresentar a obra de Daniel Boorstin, "Os Descobridores."

Daniel Boorstin foi um historiador, professor, advogado e escritor americano; foi ainda Bibliotecário do Congresso Americano. Boorstin obteve a sua formação foi em Harvard, Oxford e Yale e escreveu diversos livros, sendo que o presente, "Os Descobridores" se enquadra na "Trilogia do Conhecimento", com "Os Criadores" e com "Os Pensadores", sobre ciência, arte e filosofia, respectivamente.

"Os Descobridores - De como o homem procurou conhecer-se a si mesmo e ao mundo" (1983) é uma obra ambiciosa, que pretende cobrir a história do avanço científico e tecnológico da Humanidade. O autor percorre descobertas das mais diversas áreas, tais como a exploração geográfica, a ciência, a medicina, a matemática, o tempo, a evolução, etc., do ponto de vista do indivíduo, do herói.

O Dr. Álvaro Monjardino dispensa apresentações. Também ele um homem de Direito, teve um papel de grande relevo como político e como historiador. Foi o primeiro presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores (1976-1984) e foi Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro no IV Governo Constitucional (1978-1979).

Foi ainda presidente da Direcção do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1984-1999), e é sócio correspondente da Academia Portuguesa de História. Foi um dos principais obreiros do processo que levou à classificação do centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade na lista da UNESCO. Foi director do diário A União. Mantém um escritório de advocacia, situado em Angra do Heroísmo, e faz parte da administração de diversas empresas.

Fonte: Wikipedia

As gentes do Campus na XXIII Festa da Castanha da Terra-Chã



Destacamos a participação de investigadores, antigos alunos e de tunas do Campus de Angra do Heroísmo na XXIII Festa da Castanha, da freguesia da Terra-Chã, dando continuidade a uma já longa tradição. Assim, temos:


25 de Outubro, Quinta da Fonte Faneca
  • 20:00 - Palestra sobre a produção da castanha com os oradores:
    • David Horta Lopes (investigador, docente e Pró-Reitor da Universidade dos Açores no campus de Angra);
    • Jorge Tiago (Serviço de Desenvolvimento Agrário da Ilha Terceira, antigo aluno da Universidade dos Açores);
    • Reinaldo Pimentel (Universidade dos Açores).

01 de Novembro, Largo da Igreja
  • 21:30 - Filarmónica da Sociedade Musical Recreio da Terra-Chã;
  • 22:30 - Animação Musical nas tasquinhas com 'Os Tarolas'.

02 de Novembro, Largo da Igreja
  • Distribuição de milho cozido, sardinhas, pão de milho e sumo;
  • 21:30 - TUSA e Sons do Mar;
  • 22:30 - Banda Real.

2013/10/20

Vamos Ouvir... blues, com Luís Bettencourt

O ciclo Vamos Ouvir inaugurou-se no passado dia 11 de Outubro, com a presença de Luís Bettencourt, que nos falou de Blues e de como este género musical tem influenciado diversos outros. A sessão contou ainda com a presença de vários músicos que, com o Luís, nos presentearam com uma bela sessão musical, da qual deixamos dois excertos abaixo.





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Nós e os Livros recomeça!

Na passada sexta feira Nós e os Livros recomeçou com a presença do Prof. Avelino Meneses, que nos falou de "Sem Fim à Vista. A Viagem," de Raquel Ochoa, numa sessão interessantíssima.

Não percam na próxima sexta-feira, dia 25, o Dr. Álvaro Monjardino, com "Os Descobridores," de Daniel Boorstin.


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2013/10/15

Nós e os Livros regressa!


O "Nós e os Livros" voltou! A primeira sessão deste novo ciclo será com o Prof. Avelino Meneses, que nos falará de "Sem Fim à Vista. A Viagem", da premiada Raquel Ochoa, no dia 18 de outubro de 2013.

Na semana seguinte teremos o Dr. Álvaro Monjardino com "Os Descobridores", de Daniel Boorstin, a 25 de outubro.

Temos ainda mais duas sessões planeadas, para o próximo semestre lectivo, a revelar em breve.

Não percam estes dois grandes homens de cultura terceirenses!

Como habitualmente, as sessões são às 21:45, na Sala de Reflexão do Campus de Angra. As sessões são abertas a toda a comunidade terceirense.

2013/10/12

Arraial do Caloiro


O “Arraial do Caloiro” realizou-se na Residência Universitária de Angra do Heroísmo, no passado dia 27 de Setembro, com o objectivo de dar as boas vindas aos nossos residentes de primeiro ano, primeira vez, bem como aos restantes que a voltaram a escolher para Lar Doce Lar durante mais um ano letivo.


Tudo decorreu conforme previsto, tendo reinado a alegria e boa disposição antes, durante e após o jantar. Estive presente a maioria dos caloiros da casa, bem como de alguns dos antigos residentes que fizeram as honras da casa, dando as boas vindas e fazendo com que o espírito de união imperasse.

Alguns residentes aceitaram trazer um convidado “externo”, facto que também se mostrou muito gratificante e enriquecedor, dado que ficaram também eles a conhecer a dinâmica da “casa”, sendo potenciais candidatos de futuro – esperemos!

O Presidente da Associação de Estudantes do Campus de Angra do Heroísmo brindou-nos com a sua presença, tendo também ele feito um breve discurso, muito apelativo, ao facto de se ser Residente do Morrão.

Mais fotos no Flickr!

2013/10/10

Workshop: Iniciação à Micologia



O Workshop "Iniciação à Micologia", promovido pelo Núcleo de Ambiente da Universidade dos Açores, tem início no dia 18 de outubro, sexta-feira, às 18:00.

Este workshop de 3 dias, com o Professor Paulo Oliveira, fundador do Grupo Universitário de Micologia de Évora, terá uma componente teórica e uma prática, com saída de campo e identificação de espécies em laboratório.

PROGRAMA

Sexta dia 18 (18h00 às 22h00)
  • Apresentações: introdução ao reino Fungi, identificação de alguns tipos.
  • Prática: observação macroscópica e microscópica (esporos).
Sábado dia 19 (09h00 às 18h00)
  • Manhã: 
    • Continuação da sessão anterior. Apresentações: taxonomia de macrofungos, ecologia.
  • Tarde: 
    • Curta saída de campo.
    • Apresentações: cogumelos dos Açores, intoxicações com cogumelos, cogumelos e as comunidades rurais.
    • Prática: continuação das identificações de material da saída de campo.
Domingo dia 20 (09h00 às 18h00)
  • Manhã: Saída de campo com observação e recolha de espécimes em 2 habitats.
  • Tarde: Identificação dos materiais de campo (conclusão).

Limitado a 20 participantes.

Preço Sócio: 10 Fungis*
Preço Não Sócio : 20 Fungis

* Quota anual de 5 euros.
Para mais informações contacte: naua@uac.pt.

2013/10/08

Vamos ouvir... MÚSICA!




O Há Vida no Campus e a Associação de Estudantes do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores lançam, na próxima sexta-feira, 11 de Outubro, o ciclo 'Vamos ouvir...'

Esta iniciativa, na linha dos ciclos 'Nós e os Livros' tem dois objectivos, sendo o primeiro didáctico - pretende-se oferecer uma visão da música que passe além dos tops e alojar o bichinho da curiosidade nos ouvintes. Para além da componente didáctica, queremos oferecer na universidade um espaço de prazer. A universidade tem no seu seio lugar para a cultura, mas também para a descontracção e para a convivência e abertura à comunidade. 

A primeira sessão será com o grande músico terceirense, Luís Bettencourt, que irá levar-nos aos Blues. Será uma sessão a não perder.

Seguem-se-lhe:
  • João Pedro Barreiros, com Uma História da Música, a 6 de Dezembro de 2013;
  • José Ribeiro Pinto, com Jazz, a 14 de Março de 2014;
  • Miguel Costa, com Novos Rumos, Velhas Tendências, a 16 de Maio de 2014.

As sessões são ABERTAS A TODOS - comunidade académica, antigos alunos, e todas as pessoas desta ilha com amor à música!



2013/10/03

Ciclo de Palestras do Centro de Biotecnologia dos Açores


O Centro de Biotecnologia dos Açores organizou um Ciclo de Palestras, a ter lugar no Auditório da Universidade dos Açores, no Pico da Urze, Angra do Heroísmo, pelas 18:00 horas. As palestras são:
  • Desafios à Investigação Científica, pelo Professor Doutor Artur da Câmara Machado (Centro de Biotecnologia dos Açores), segunda-feira, dia 7 de Outubro;
  • Medidas Ópticas de Aerosol, pelo Professor Doutor Paulo Fialho (Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias dos Açores), segunda-feira dia 4 de Novembro;
  • Efeito do Aumento de Dióxido de Carbono nos Organismos Marinhos, pela Doutora Joana Barcelos e Ramos (Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias dos Açores), segunda-feira dia 2 de Dezembro.